O Museu da Revolução de Havana é um dos principais atrativos da capital cubana, mas a visita pode gerar euforia para uns e decepção para outros.
Alguns não gostam porque a exposição não é visualmente muito atrativa e muito menos interativa. O visual mais bonito é das bandeiras ao vento. No mais, são textos, fotos e objetos antigos.
São mais recortes de jornal, fotos, objetos pessoais usados pela guerrilha e muito painel com informação histórica. Quando digo muita informação não estou exagerando, passei três horas no museu.
Quem não tem interesse especial na Revolução Cubana pode achar, com razão, entediante. O que não é o meu caso, pois adorei. Achei muito bem construído. A história da guerrilha é contada em etapas e vai desde a organização nos campos “hasta la victória” na capital.
Outro motivo para críticas é que ali é a história é contada pelos vencedores, não existe outro lado. Isso, no entanto, não impede que haja muita informação interessante.
O museu percorre a história da Revolução contando a vida de vários guerrilheiros menos famosos, a participação das mulheres no processo revolucionário, as táticas de guerra, as estratégias de comunicação usadas pela guerrilha para dar publicidade à causa, as primeiras medidas políticas e econômicas no pós-revolução, as reações da comunidade internacional e dos artistas etc…
Enfim, quem tem interesse em história certamente vai gostar.
O prédio é uma atração por si só pela beleza e pelo valor histórico.
Foi sede de vários governos, inclusive do ditador Fulgêncio Batista que governada Cuba na época da revolução e teve que fugir quando a vitória das forças rebeldes era iminente.
A invasão revolucionária, em 1959, deixou as marcas de bala que ainda estão nas pareces do prédio.
As marcas de bala que botaram Fulgêncio pra correr.
Na frente do museu está o tanque usado por Fidel Castro na invasão da Baía dos Porcos, em 1961, mas pela quantidade de ônibus que sempre tem estacionado por ali fica difícil até fazer foto.
A entrada ao museu dá direito à visita ao Memorial Granma em homenagem aos mortos na batalha e o iate (o Granma) usado para levar Fidel do México a Cuba para o início da revolução. Ali também tem a chama que nunca se apaga em memória aos mortos nos combates.
O Museu da Revolução é uma das principais atrações de Havana e eu considero uma visita imperdível.
Museu da Revolução – Havana
Aberto todos os dias das 9:30 às 16:00 (isso pode variar)
Entrada : 8 CUC
Nivea, adorei as dicas de Havana que encontrei aqui nesse seu delicioso blog! Aproveitei muito todas elas! Deram um sabor especial aos meus dias naquele lugar tão especial!
Parabéns!